Conhecer os diferentes tipos de ambientes de aprendizagem – e o impacto que eles podem ter na construção intelectual, social, afetiva, psíquica etc – é a melhor forma de enriquecê-los!
Como nos mais diversos pontos da educação, as mudanças sociais possuem um alto impacto nos costumes, metodologias e estratégias para fornecer e absorver o conhecimento.
No período anterior à Revolução Francesa e, mais adiante, à Revolução Industrial, a sala de aula tornou-se o local principal local para se ter acesso à educação. Com o professor como único detentor e propagador do conhecimento.
Dessa forma, a escola era vista como o único ambiente de aprendizagem possível. Com a evolução da ciência, das trocas sociais e, principalmente, com a inserção da tecnologia na educação, houve “flexibilização nos muros das instituições de ensino”.
E, hoje, a escola é um dos ambientes de aprendizagem, que podem ocupar outros espaços físicos e digitais.
No decorrer deste artigo, falaremos mais sobre o que são ambientes de aprendizagem e como desenvolvê-los!
O que são ambientes de aprendizagem?
Ambientes de aprendizagem são cenários disponíveis para a prática de processos de ensino e aprendizado. Hoje, falamos tanto de espaços físicos fixos, como salas de aulas, quanto externos, culturais e digitais.
Nos modelos tradicionais de educação, os ambientes de aprendizagem eram mais restritos e focados na transferência de determinados tópicos, ofertados única e exclusivamente pelo mestre. Em uma relação, portanto, unilateral e vertical.
Hoje, a ideia é de que o conhecimento é múltiplo, democrático e colaborativo, diversos cenários podem se transformar, portanto, em ambientes de aprendizagem extremamente ricos.
Dessa forma, além dos espaços formais, institucionalizados, existem os informais, sem um plano de ensino fixo. Como é o caso de viagens, visitas a museus, conversas, dinâmicas e atividades extracurriculares.
O objetivo central dos ambientes de aprendizagem é promover o aprendizado significativo, de forma segura e eficiente. Para isso deve haver:
- Conhecimento;
- Recursos;
- Gerenciamento de interações, tempo e dinâmicas;
- Organização;
- Espaços adequados às atividades.
Quais são os tipos de ambientes de aprendizagem?
Como adiantamos acima, antigamente os ambientes de aprendizagem se restringiam às salas de aula. Hoje, no entanto, além de extrapolar os muros da instituição, abrangendo cenários externos, também incluímos os meios digitais.
E não apenas no ensino à distância, mas como uma ótima ferramenta de aprendizagem para as gerações atuais, que nasceram no ambiente digital.
Posto isso, alguns exemplos de tipos de ambientes de aprendizagem são:
- Sala de aula;
- Salas de recreação;
- Instalações desportivas;
- Museus, teatros, exposições;
- Viagens pedagógicas;
- Encontros e passeios em grupo;
- Buscadores, sites, blogs, apps e plataformas digitais que forneçam conhecimento;
- Entre outros.
Como deve ser o ambiente de aprendizagem?
Hoje, antes de identificar o melhor cenário, precisamos deixar claro a existência de diversos tipos de ambientes de aprendizagem. Como mencionado no decorrer deste artigo, a transmissão do conhecimento não se limita mais apenas às salas de aula.
Mas elas ainda são um dos personagens principais da educação e, claro, o seu ambiente pode e deve ser controlado de uma maneira mais estratégica que os demais. Afinal, as instituições de ensino conseguem, na prática, limitar alguns eventos e condições que são imprevisíveis fora do ambiente escolar.
Então, nos ambientes de aprendizagem controlados, o ideal é que:
- estejam bem localizados, com acesso fácil e sem obstáculos, de acordo com o perfil dos alunos;
- sejam bem iluminados e organizados, com informações necessárias, mas que não dispersem a atenção dos alunos;
- sejam adequados para as atividades que serão praticadas. Como anfiteatros, instalações desportivas etc;
- adaptados às metodologias, estratégias e objetivos da instituição
Quando falamos de ambientes virtuais de aprendizagem, os requisitos são muito semelhantes. Afinal, as plataformas devem ser de fácil acesso, intuitivas, adaptadas aos alunos, conforme suas capacidades, habilidades e conhecimentos. Assim como precisam estar organizadas e atualizadas.
Por fim, precisam seguir a visão que a instituição tem do aprendizado. Por exemplo, se são empregadas metodologias ativas de ensino, o ideal é que a tecnologia faça parte da rotina de ensino, guiando o aluno para que ele possa ter acesso a diferentes ambientes de aprendizagem.
Assim como a distribuição de carteiras e equipamentos, utilizados em sala de aula, devem ser condizentes com a proposta do aluno como protagonista do seu aprendizado. Desenvolvendo e implementando cenários que facilitem as trocas e estimulem o espírito investigativo e proativo.
Em ambientes de aprendizagem não controlados, como outros canais digitais, cenários externos, museus e teatros, cabe à instituição acompanhar o aluno de maneira a garantir sua segurança e bem-estar.
Isso, claro, quando dentro do escopo da escola, quando em situações que não sejam de responsabilidade dela, o ideal é que o aluno tenha conquistado as habilidades necessárias para “aprender a aprender”.
Passo a passo de como criar um ambiente de aprendizagem
1. Entender a visão da instituição e seus processos
O ambiente de aprendizagem é voltado para o aluno, correto? Mas é fundamental que ele esteja alinhado com a cultura organizacional da instituição, seus objetivos, visão e metodologias. Além, claro, de seguir as regulamentações obrigatórias de órgãos educacionais, ao PNE etc.
Dessa forma, uma das recomendações mais importantes de como criar um ambiente de aprendizagem é conhecer profundamente a instituição. Assim será possível estabelecer um planejamento condizente com as necessidades, expectativas e possibilidades. Além, claro, de solidificar a base do ambiente de aprendizagem.
2. Planejamento
Por falar em planejamento, esse é o segundo passo de como criar um ambiente de aprendizagem estimulante, seguro e estável. É muito comum a confusão de que novas metodologias e estratégias de ensino sejam aplicadas livremente.
Mas, como sabemos, nada dentro de uma empresa ou instituição de ensino deve ocorrer sem análise, ponderação e, por fim, planejamento. Neste último, a instituição deve documentar quais são os objetivos do ambiente, como ele atuará para ser um facilitador, quais estratégias serão empregadas, tecnologias e o capital investido.
Além, claro, de definir o cronograma para as implementações e manutenções físicas e digitais do ambiente de aprendizagem.
Vale ressaltar que todos os colaboradores envolvidos precisam estar cientes desse planejamento, dos objetivos e principalmente dos seus papéis na construção dos ambientes de aprendizagem.
3. Invista na estrutura necessária para tornar o ambiente fértil para aprendizagem
Como mencionamos neste artigo, os ambientes de aprendizagem devem incluir tanto a esfera cultural quanto a arquitetônica, física, da instituição de ensino.
Dessa forma, é fundamental que haja o investimento em capacitação e treinamento, para a construção da cultura organizacional focada na aprendizagem. Mas também é essencial investir em elementos e ferramentas que colaborem para ambientes adequados ao aprendizado.
Como, por exemplo, ventilação, iluminação, acessibilidade, estruturas de segurança (corrimão, guarda-corpo etc), materiais etc.
4. Conte com ferramentas tecnológicas para desenvolver um ambiente virtual de aprendizagem
Por fim, e um dos passos mais importantes para o desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem na atualidade: a tecnologia. Além da estrutura física e arquitetônica que possibilite, otimize e incentive o aprendizado, hoje, é fundamental investir nas ferramentas digitais como aliadas da educação.
E isso vale para as mais diversas instituições de ensino, de diferentes portes, abordagens, metodologias e visões. Afinal, as ferramentas tecnológicas na educação também são ótimas facilitadoras pedagógicas, administrativas e gerenciais.
Assessorando, portanto, gestores, professores, colaboradores, alunos e responsáveis.
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