Educação ou metodologia STEM é uma tendência ligada à interdisciplinaridade, envolvendo as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Mas, apesar de representar uma evolução do modelo tradicional, ela possui algumas contradições.
As instituições educacionais são — ou deveriam ser — um reflexo das transformações sociais. Isso significa que, no decorrer dos anos, é natural que novas metodologias e estratégias pedagógicas se desenvolvam para atender às demandas mais modernas.
Com a popularização da tecnologia, que trouxe a possibilidade de adquirir conhecimentos em diversas fontes e o exagero de estímulos, manter os alunos engajados e abertos a absorver conhecimento virou uma missão ainda mais complexa para os docentes.
Para contornar este obstáculo, é preciso atualizar o modelo de ensino tradicional. Entramos, então, na questão das contradições, afinal, desenvolver metodologias novas na educação é um processo delicado, que demanda muito estudo e análise.
Ideias disruptivas precisam ser adaptadas para que as instituições diferentes consigam obter os melhores resultados, adaptando as inovações às suas próprias rotinas.
Neste artigo, explicaremos melhor o que é metodologia STEM, como ela surgiu, como funciona e muito mais! Fique até o final para receber dicas de como aplicá-la na prática.
O que é metodologia STEM?
STEM é a sigla em inglês para science, technology, engineering & mathematics, que, em português, se traduz como ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Trata-se de um movimento para promover o desenvolvimento e o acesso a conhecimentos e habilidades ligados a estas 4 áreas.
Quando falamos em contradição em relação ao assunto, estamos nos referindo à aplicação e às mais diferentes interpretações do que é metodologia STEM e como aplicá-la.
Em muitos cenários, por exemplo, a área de artes é incluída neste modelo interdisciplinar, adaptando a sigla original para STEAM. Em outras, ela é negada e até mesmo subvalorizada em comparação aos demais campos educativos.
No cerne do movimento, a proposta é estimular o desenvolvimento técnico, a autonomia e a eficiência na resolução de problemas com soluções interdisciplinares. Mas com um adendo, a realidade e a vida profissional são considerados na construção e na distribuição do conhecimento.
Desta forma, a ideia é que os alunos recebam conteúdos que sejam, de fato, úteis para a vida real.
Vale citar que existe uma discussão se podemos chamar de metodologia STEM, educação ou visão. Isso porque ela é o estopim de uma transformação de sistemas educacionais em diversos países. Aliás, ela tem mais força no país onde foi criada, os Estados Unidos da América.
Lá, a evolução e o crescimento da metodologia STEM tomaram proporções muito maiores, com impactos, inclusive, na economia e no mercado de trabalho. Ela, na verdade, foi desenvolvida pensando exatamente nesta interferência. Confira no histórico abaixo.
Histórico da metodologia STEM
Como já adiantamos acima, o movimento ou metodologia STEM teve seu início nos Estados Unidos, devido a uma demanda bastante urgente de profissionais qualificados nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Na década de 90, o país enfrentava fortes indícios de uma crise econômica e uma alta escassez de mão de obra especializada para manter a posição de potência mundial. Somado a isso, o desempenho dos estudantes nativos estava muito aquém do ideal.
O resultado de exames e avaliações como o PISA, por exemplo, demonstraram que não só existia um déficit de colaboradores capacitados, mas que havia uma grande probabilidade disso se perpetuar.
Afinal, os estudantes não estavam se desenvolvendo conforme o esperado, com baixa participação e engajamento. Infelizmente, estas eram e ainda são características de alunos inseridos em metodologias tradicionais de ensino, sem a inserção das inovações, ferramentas tecnológicas e estratégias mais criativas de ensino-aprendizagem.
Pensando em combater esses diferentes desafios, era preciso e emergencial modernizar, inovar e reformular os currículos e, também, as metodologias utilizadas. Não apenas incluindo o digital, como estimulando habilidades e conhecimentos voltados para a resolução de problemas com a utilização da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Rapidamente, a educação STEM se popularizou no país e foi a responsável por mudanças profundas na dinâmica pedagógica dos norte-americanos, nos anos 2000. Com o passar do tempo, o movimento também se estendeu para outras regiões, inclusive chegando ao Brasil.
Aqui, no entanto, ela é ainda muito embrionária e até mesmo pouco debatida em sua essência. Mas não há como negar que diversas visões já são empregadas em outras metodologias ativas de aprendizagem.
Ainda não ficou muito claro o que é metodologia STEM? Então, confira uma explicação mais detalhada do termo no vídeo abaixo:
Agora que você já entendeu melhor o movimento, vamos analisar as vantagens da educação STEM em suas diferentes versões, confira.
Vantagens da educação STEM
As ideias derivadas da metodologia STEM geram inúmeros benefícios desde a alfabetização até o ensino superior, de idiomas etc. Isso porque um dos principais objetivos do movimento é permitir que os alunos desenvolvam soluções de maneira autônoma.
Isso, claro, é um grande estímulo para o desenvolvimento de habilidades como independência, proatividade, criatividade e autonomia no ensinar e no aprender. Afinal, as trocas, os debates e o compartilhamento de saberes são altamente encorajados na metodologia STEM.
Outra vantagem muito importante é o foco no desenvolvimento do aluno para o mundo real e, principalmente, para a vida profissional. Em um mercado de trabalho tão competitivo, a visão de futuro é um diferencial e tanto.
Se este jovem recebe o direcionamento adequado para ter sucesso ao operar ferramentas tecnológicas, resolver problemas e intermediar estrategicamente conflitos, ele sairá na frente de centenas de concorrentes.
Ao analisarmos de uma ótima macro, a metodologia STEM também tende a colaborar positivamente com o crescimento e desenvolvimento da sociedade, que contará com profissionais mais eficientes e qualificados.
Como aplicar a metodologia STEM?
Existem diferentes interpretações da metodologia STEM e, desta forma, é natural nos depararmos com métodos diferentes de aplicação e implantação. A ideia original é um tanto disruptiva, logo, uma sugestão para torná-la gradual é incluir a visão proposta em pequenos projetos dentro da instituição, envolvendo ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Um exemplo muito interessante — já colocado em prática por algumas instituições — é a multidisciplinaridade. Integrar matérias diferentes em um mesmo projeto é uma proposta razoavelmente simples e que pode auxiliar muito no desenvolvimento dos alunos.
Em paralelo, é essencial treinar os docentes para que estejam aptos a fazer a integração da maneira proposta.
Outro ponto muito importante ao aplicar a metodologia STEM é mudar realmente a visão da instituição. Sem essa modernização, as estratégias serão superficiais e não atingirão os resultados esperados.
O ambiente escolar precisa exalar autonomia, liberdade de debate e trocas. Todas as atividades podem — e devem — incluir discussões e períodos adequados para que os alunos busquem o conhecimento, de forma autônoma.
Desenvolver e disponibilizar laboratórios e espaços maker é outra maneira muito interessante de trazer a prática e a autonomia para o ambiente escolar.
Claramente, não estamos tratando de mudanças pequenas e pontuais, pois a metodologia STEM visa realmente quebrar com as dinâmicas educacionais tradicionais, mas isso não significa que sua instituição deva absorvê-la integralmente, sem análise ou estudo da demanda.
A melhor metodologia é aquela que se encaixa na realidade da sua instituição e que, principalmente, os gestores e colaboradores consigam colocá-la em prática em vias de fato.
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