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O que é planejamento reverso? Entenda como funciona a metodologia

É normal que de tempos em tempos surjam novas formas de pensar, aprender e também de ensinar. Se você é um professor, provavelmente, tem um processo para montar suas aulas, não é mesmo? Mas já pensou em inovar e começar a trabalhar com novas metodologias como o planejamento reverso?

Conhecer e testar novas formas de melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, levam a descobertas valiosas que podem transformar a experiência oferecida pelas escolas.

Essa é a proposta do planejamento reverso na educação, pois é um método que dá mais protagonismo ao aluno para que ele retenha o aprendizado, ao mesmo tempo que amplia a visão do professor sobre os resultados do seu trabalho.

Afinal, quem nunca se questionou sobre a eficiência dos métodos que utiliza ou se a turma está realmente aprendendo a matéria ensinada? 

Esse é um questionamento comum e o planejamento reverso é uma maneira de olhar para as práticas pedagógicas atuais e transformá-las para proporcionar uma formação de qualidade. Continue a leitura e entenda:

  • O que é planejamento reverso? 
  • Por que usar metodologia tem sido usada?
  • Como fazer um planejamento reverso para educação?

 

Boa leitura!

O que é planejamento reverso?

O planejamento reverso é uma metodologia que propõe que o professor comece a fazer o plano de aula pelo fim. Ou seja, primeiro, é definido qual o objetivo de aprendizagem, depois quais são as evidências de aprendizagem (que comprovam o objetivo) e fechando o processo, a descrição do planejamento de toda a experiência.

Esse termo é derivado do conceito de backward design (em tradução livre, projeto em sentido contrário), criado pelos autores Jay McTighe e Grant Wiggins no livro ‘Understanding by Design’.

Eles também definiram os três passos que orientam a aplicação do planejamento reverso, cujo objetivo é criar experiências mais significativas, reais e relevantes dentro da sala de aula.

No vídeo abaixo, você confere além da explicação do conceito, um comparativo dessa metodologia com o planejamento tradicional:

Por que a metodologia tem sido usada?

Como professor, você já parou para pensar se seus alunos estão retendo o conhecimento adquirido e se conseguem conectar um conteúdo ao outro?

Analisando o comportamento da turma nas aulas e também o resultado das avaliações, é possível perceber se o trabalho está tendo o efeito desejado ou não.

É justamente para não ter mais essa dúvida que entra em cena o uso do planejamento reverso, pois desde o começo os alunos sabem qual é o objetivo de aprenderem um determinado tema.

Ficando claro desde o começo o que devem aprender, os alunos percebem mais claramente o objetivo das propostas de atividades.

Até as aulas expositivas, que não são eliminadas na metodologia reversa, também são construídas de forma que fique evidente o propósito daquele conteúdo.

Como fazer um planejamento reverso para educação?

O conceito e os motivos para o planejamento reverso estarem em alta não é difícil de entender. No contexto atual, em que as escolas tentam voltar às atividades presenciais após a pandemia, novas metodologias podem contribuir bastante na readaptação.

Mas como fazer um planejamento reverso para educação? De acordo com os criadores do método, McTighe e Wiggins, o trabalho do professor passa por três etapas:

1. Definição dos objetivos de aprendizagem

A primeira etapa do planejamento reverso é a definição dos objetivos de aprendizagem da matéria que vai ser ensinada. Ou seja, o que o professor deseja que o aluno retenha com o conteúdo. 

O objetivo pode ser que ele aprenda um conceito, entenda porque algo existe ou saiba colocar em prática o conhecimento.

A forma mais comum de registrar o objetivo é pensando em um verbo que caracteriza a profundidade do conhecimento. Por exemplo, o aluno pode passar pelo conteúdo básico para saber “identificar” até chegar na parte avançada onde ele consegue “aplicar”. 

Depois, o verbo ganha um complemento que destaca o que ele deve identificar e o contexto em que ele deve aplicar, por exemplo.

Saiba mais sobre essa estratégia que classifica o grau de conhecimento no artigo: O que é Taxonomia de Bloom? Entenda a versão revisada.

2. Escolha das evidências de aprendizagem

Essa é a parte do planejamento reverso que vai ajudar o professor a analisar se os alunos estão realmente aprendendo, pois nela são escolhidas quais serão as evidências de aprendizagem.

Por evidências, podem ser entendidas as diferentes formas de avaliação/atividades (provas escritas, atividades práticas, testes, trabalho em grupo, etc.) para o aluno ver o conteúdo em ação.

Por exemplo, os alunos estão aprendendo sobre a crise migratória na Europa, então, o professor pode propor uma atividade em forma de debate, onde os alunos serão divididos em dois grupos: um para argumentar o ponto de vista a favor e o outro contra a migração.

Durante o exercício, o professor consegue avaliar melhor como os alunos estão usando os fatos aprendidos para interpretar o mundo real e não apenas fixando uma teoria. 

Atividades que envolvam fazer registros como fotos, criação de vídeos, produção de podcasts também são formas de atividades para avaliar as evidências de aprendizagem.

3. Elabore o planejamento da experiência

Agora que você já especificou o porquê e o como, a última fase é explicar de que forma isso vai acontecer. Essa etapa do planejamento reverso é o planejamento da experiência que, no modelo tradicional, é onde o trabalho começa.

Mantendo o objetivo como ponto principal, detalhe no planejamento:

  • qual o conteúdo vai ser trabalho;
  • as habilidades e conhecimentos que os alunos vão desenvolver;
  • os recursos (exposição oral, vídeos, livros, fotos, simulações, etc.) que vão ser utilizados na explicação.

 

O objetivo é que o aluno experiencie o aprendizado do conteúdo de formas diferentes e não apenas recebendo conteúdo passivamente.

No final, avalie o seu planejamento, analisando se ele alcança o objetivo de aprendizagem proposto e gera as evidências selecionadas.

Implemente novas ferramentas na rotina da sua escola

As ferramentas educacionais digitais são grandes aliadas do processo de planejamento reverso, pois facilitam diversas atividades práticas e também a gestão de desempenho dos alunos. 

O Google For Education fornece um conjunto de aplicativos voltados para educação que podem ser usados desde o setor administrativo até a sala de aula.

A Safetec Educação pode ajudar a levar essa inovação para sua escola. Entre em contato com a nossa equipe e saiba como podemos te ajudar a alinhar a tecnologia com seu método de ensino.

 

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