A tecnologia transformou o mundo todo em todos os setores. Ela mudou a forma como interagimos e nos relacionamos. Os nativos digitais carregam isso em seu DNA e, por isso, as escolas precisam se adaptar para conseguirem acompanhar essa evolução.
Os nativos digitais usam as ferramentas tecnológicas intuitivamente. Eles conseguem mexer em dispositivos sem nunca antes terem tido acesso a eles. Dessa maneira, eles entram para a escola com determinadas habilidades que muitos professores não possuem.
Isso faz com que a necessidade desses alunos também seja diferente daqueles que vieram antes. Aliar a inovação com métodos de ensino para nativos digitais é fundamental para que se consiga educar de forma efetiva.
Segundo a neurociência, aprender significa guardar aquele conhecimento na memória de longa duração, para que você possa acessá-lo a qualquer momento. Para isso, é preciso criar um significado para o cérebro.
Como entre as características dos nativos digitais está a facilidade com a tecnologia, é essencial que ela faça parte do dia a dia na escola também, para que favoreça esse processo de aprendizagem.
Muito além de trazer algo pronto, o professor tem o desafio de fazer com que o aluno reflita sobre algo e consiga relacionar diferentes conteúdos. Antes de falar um pouco mais sobre a aprendizagem para nativos digitais, vamos esclarecer o que é ser um aluno nativo digital, certo? Acompanhe a seguir.
O que é ser um aluno nativo digital?
Os nativos digitais são aquelas pessoas que nasceram inseridas no contexto tecnológico. Ser um aluno nativo digital significa ter nascido na era em que já existiam os computadores, por exemplo, e outros dispositivos tecnológicos.
O criador do termo “nativos digitais” foi Marc Prensky e ele considera que ser um aluno nativo digital é “falar” de forma nativa a linguagem digital que engloba a internet, computadores, vídeo games. Ele considera um nativo digital toda pessoa que nasceu a partir de 1980.
Essas pessoas possuem um tipo de relacionamento com o mundo diferente. Por exemplo, as gerações anteriores tinham um tempo maior de resposta sobre determinados problemas. Hoje em dia, tudo é resolvido em tempo real. Esse fato demonstra claramente uma das característica dos nativos digitais: eles são extremamente imediatistas.
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Para entender um pouco mais sobre o que é ser um aluno nativo digital, veja a seguir outras características que listamos.
Características dos nativos digitais
- São mais tolerantes à diversidade;
- Maior consciência social;
- Tendem a ser mais colaborativos;
- Maior dificuldade de atenção;
- Facilidade para obter informação;
- Priorizam relações digitais e comunicação por mensagem;
- Possuem mais diagnósticos para transtornos mentais, como TDAH, depressão e síndrome do pânico, por exemplo.
Agora que sabe as principais características dos nativos digitais e viu o que é ser um nativo digital, já deu para ficar pensando nos desafios de ensino para esses alunos, não é mesmo? Afinal de contas, o modelo de ensino tradicional precisa ser adaptado a eles.
Como resolver os desafios de ensino para nativos digitais?
As escolas e instituições educacionais como um todo têm como função fazer com que haja um ambiente propício ao aprendizado. Existem diversos desafios de ensino para os nativos digitais, principalmente para as escolas mais tradicionais.
Isso porque ela precisa aliar a realidade da escola e do ensino à realidade dos alunos e, para isso, aproveitar a tecnologia existente para mantê-los motivados. No mundo tecnológico em que vivemos, o aluno precisa ser protagonista da sua aprendizagem, no entanto, é o professor que deve conduzi-lo na jornada.
Dessa maneira, com o auxílio da inovação, o professor deve identificar os melhores métodos de ensino para nativos digitais. Precisa fomentar a reflexão, raciocínio e auxiliá-los na interpretação de dados e identificação de fontes confiáveis de informação.
Assim surge outro desafio que é a atualização do professor. Ele precisa estar bem preparado para receber esses nativos digitais em sua sala de aula.
Contudo, vale destacar, no entanto, que a mesma tecnologia que trouxe diversos desafios de ensino para nativos digitais, também oferece vários recursos aos professores e escolas que querem evoluir. Hoje em dia já existem ferramentas que auxiliam os professores a analisarem o desempenho do aluno, por meio da inteligência artificial, por exemplo.
Leia também: O que é blended learning e quais as vantagens desse método de ensino?
Sabemos que a realidade das escolas do Brasil nem sempre são as mais favoráveis para aplicação de recursos tecnológicos, mas é preciso dar os primeiros passos e começar a adotar o que é possível. A forma como os conteúdos das aulas são transmitidos; o formato e dinâmica das aulas e a relação entre pais, professores e alunos precisam ser revistas.
Além disso, a aprendizagem para nativos digitais precisa ser atraente e estar relacionada com aquilo que eles gostam de fazer, certo? Portanto, investir em inovação e métodos diferentes de ensino para nativos digitais, ajuda a prender a atenção deles. Veja a seguir alguns exemplos.
Inovação e métodos de ensino para nativos digitais
Sala de aula invertida
A sala de aula invertida consiste em preparar um conteúdo e compartilhar com os alunos antes da aula. Esse conteúdo pode ser produzido em diversos formatos, texto, áudio, vídeo. A ideia é que o aluno tenha acesso antes para quando chegar na aula o tempo de leitura ou estudo não seja perdido com algo que poderia ter sido adiantado individualmente.
Dessa forma, os alunos aproveitam a presença na sala de aula para tirar dúvidas e esclarecer melhor sobre algum ponto que não ficou bem compreendido.
Leia também: Sala de aula interativa: O que é, benefícios e dicas para implantá-la!
Gamificação
A gamificação consiste em utilizar de jogos online para transmitir o conhecimento. De acordo com uma pesquisa divulgada pela EAD em foco, a gamificação é capaz de aumentar a motivação na educação.
Um dos projetos analisados foi um portal criado para estimular a leitura por meio da gamificação para alunos do 2º ao 5º do ensino fundamental. Para participar do jogo, o aluno precisava ler o livro e acessar questões sobre o tema. Os acertos valiam pontos, medalhas ou adesivos virtuais.
Os professores relataram que o projeto ajudou a aumentar o nível de leitura entre esses alunos, de uma média de leitura de livros de 1 para 5 por mês. Isso consequentemente favoreceu também a interpretação e produção de textos, além da participação nas aulas de português.
Plataformas digitais para escolas
Para estarem inseridas no contexto tecnológico as escolas precisam utilizar ferramentas compatíveis. Plataformas digitais, baseadas em nuvem, permitem que a escola ofereça aulas online a distância além de oferecerem mecanismos diferentes para auxiliar o ensino.
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