o que é pensamento computacional

O que é pensamento computacional: a metodologia de solução de problemas complexos

O pensamento computacional é uma metodologia baseada na atuação das máquinas para a resolução de problemas complexos, que pode ser aplicada on e offline!

Há um tempo as matérias eram subdivididas de forma a atuarem independentemente, com pouca ou nenhuma integração. Com o tempo, o avanço da sociedade e, principalmente, da tecnologia, as escolas precisaram se atentar para a interdisciplinaridade.

Afinal, as pautas educacionais devem acompanhar as alterações, mudanças e inovações da sociedade. E, hoje, o mundo evolui baseado na intersecção de conhecimentos lógicos, humanos, sociais, biológicos, etc.

A programação de um computador, por exemplo, é lógica, certo? Mas o seu funcionamento no cotidiano demanda interpretação e adaptação da ciência exata para as relações humanas.

E é exatamente nesse universo de ligações lógicas e humanas que surge o pensamento computacional. Vamos entender melhor o que esse termo significa e como ele pode ser aplicado?

O que é pensamento computacional?

O termo pensamento computacional foi utilizado pela primeira vez por Seymour Papert, na década de 80. A ideia era nomear o conjunto de habilidades e conhecimentos da ciência da computação que poderiam ser utilizados em diversas áreas do cotidiano.

Portanto, não estamos falando apenas sobre programação, cenário digital, internet, etc. O objetivo é realmente integrar a tecnologia ao conhecimento humano, de forma que ambos se complementem para gerar mais conhecimento, capacidade criativa, estratégica e crítica.

Isso, claro, no cenário atual, é fundamental para auxiliarmos na adaptação do aluno a uma sociedade cada vez mais inovadora, complexa e digital. Como?

Com a base computacional podemos identificar problemas e solucioná-los utilizando basicamente quatro pilares. São eles:

1. Decomposição

Quando o sistema computacional precisa solucionar um problema complexo, a primeira fase é identificá-lo e, posteriormente, dividi-lo em processos mais simples. Como se tivéssemos uma equação de segundo grau e, para resolvê-la, subdividimos ela em equações de primeiro grau.

O mesmo pode ser aplicado em outros problemas do cotidiano, com a finalidade de facilitar a resolução.

2. Reconhecimento de padrões

Da mesma forma que repartir um problema complexo em vários simples, a identificação de padrões também funciona como um facilitador. É exatamente esse o segundo pilar do pensamento computacional.

A ideia é conseguir visualizar pontos comuns tanto no próprio problema, como em outras soluções que já encontramos.

3. Abstração

Hoje, o volume de informações, dados e conhecimento que temos acesso é extremamente positivo para o desenvolvimento pessoal e da sociedade. Mas você já deve ter notado que muitas vezes há um excesso que dificulta a visualização do que realmente importa, não é mesmo?

Dentre as habilidades dos processos computacionais, percebemos que, para solucionar problemas, as máquinas identificam e focam em itens realmente relevantes. Deixando de lado, portanto, informações que não agregam à solução.

Por isso, o terceiro pilar do pensamento computacional trata da abstração. A ideia de filtrar o conteúdo recebido, de maneira a eliminar o excesso de informação irrelevante.

4. Algoritmos

Por fim, com todos os pilares anteriores, é possível identificar e criar regras para a resolução de problemas complexos. O último pilar do pensamento computacional é, portanto, a construção de algoritmos que, além de solucionar a questão estudada, também possibilitam a criação de um banco de soluções replicáveis.

Como você pode perceber estamos falando exatamente do modus operandi do sistema computacional. Trazendo, portanto, as habilidades e métodos para além do digital.

Resumidamente, no pensamento computacional, nós identificamos o problema, dividimos ele, criamos padrões e, por fim, solucionamos com o uso de lógica.

Importância de desenvolver o pensamento computacional na escola

pensamento computacional

Apesar de o pensamento computacional não ser uma ferramenta exclusiva de programação, ela pode ser extremamente útil na adaptação do indivíduo ao cenário tecnológico.

Afinal, ele terá a base de resoluções que podem ser aplicadas digitalmente, ou em atividades offline. E, como sabemos, hoje, a habilidade e familiaridade com ferramentas digitais é indispensável, tanto nas relações pessoais, como profissionais.

Outro ponto essencial do pensamento computacional na escola é que ele faz parte da Base Nacional Curricular Comum – BNCC, de 2018.

A escola, claro, como um dos principais agentes do aprendizado precisa priorizar a adequação do aluno a esse pensamento.

Veja abaixo mais alguns pontos importantes do pensamento computacional para o aluno:

  • Preparar o aluno para ser um profissional do futuro

O futuro é digital, inovador, criativo e complexo. O pensamento computacional age como um meio para que a criança se adapte mais rapidamente a esse cenário. Além, claro, de desenvolver conhecimentos e habilidades digitais para entrar e se destacar no mercado de trabalho.

  • Estimular o pensamento crítico

O incentivo ao aprender a fazer e aprender a aprender é uma das vantagens mais importantes do pensamento computacional. Afinal, o indivíduo passa a desenvolver seu próprio método de busca e absorção do conhecimento.

E começa a ver a teoria sendo realmente aplicada no seu cotidiano, tornando o estudo mais dinâmico, atrativo e real. Essa independência no aprendizado também possibilita que ele desenvolva um pensamento crítico sobre o conhecimento que recebe.

  • Auxiliar no desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas complexos

O pensamento computacional é normalmente aplicado em matérias de exatas, relacionadas a cálculos, lógica e resolução de problemas. Mas não se trata de uma aplicação restrita.

Afinal, em nosso cotidiano é muito comum o surgimento de problemas complexos, que podem ser resolvidos mais facilmente quando transformamos em questões menores. Ou quando identificamos padrões e ignoramos elementos que não são relevantes para aquela solução.

Sim, estamos falando de alguns dos pilares do pensamento computacional. Percebe como essas etapas também podem ser extremamente úteis em diversas situações complexas?

Com a organização e a estruturação do PC nossa capacidade de resolução passa a ser muito semelhante a utilizada pelas máquinas. Facilitando, assim, a identificação, compreensão e resolução de diversos problemas!

De que forma o pensamento computacional pode ser aplicado na prática?

pensamento computacional

O pensamento computacional, como mencionado anteriormente, pode ser livremente aplicado em questões que envolvem matérias de exatas. Principalmente o campo da matemática.

Para aplicá-lo, portanto, os professores podem solicitar que as resoluções considerem os pilares do pensamento computacional, como, por exemplo, a decomposição em problemas menores. Ou a identificação de padrões e formulação de algoritmos.

Uma ótima fonte de inspiração para atividades nesse campo é o livro (Des)Pluga: o Pensamento Computacional atrelado a Atividades Investigativas e a uma Metodologia Inovadora. Trata-se de uma obra colaborativa com a inserção de projetos desenvolvidos no IFRS – Campus Osório.

Nele, encontramos um aprofundamento na teoria e prática de atividades com ou sem o uso da tecnologia (plugadas ou desplugadas), baseadas, claro, no pensamento computacional.

Os estudos para essas formulações visam colocar o estudante como protagonista do seu aprendizado. Estimulando experimentos, descobertas e a criatividade no processo de aprendizado.

Ferramentas digitais como aliadas do pensamento computacional!

Vimos acima que o pensamento computacional não precisa de ferramentas tecnológicas para ser aplicado. Mas podemos utilizá-las para trazer ainda mais dinamismo e interação na sua aplicação.

O combo do Google Workspace, por exemplo, possui inúmeras funcionalidades que podem ser utilizadas para decompor problemas, identificar padrões e ajudar no desenvolvimento de algoritmos. Como o Google planilhas, Docs, etc!

Além, é claro, de ser extremamente importante para facilitar a rotina das escolas e incluir a tecnologia de uma forma dinâmica e criativa. Inclusive, com inúmeras ferramentas voltadas para educação no Google for Education.

Não conhece?

O que é Google for Education?

O Google for Education é uma solução desenvolvida pela gigante da tecnologia com o objetivo de facilitar o aprendizado e o ensino.

Ele fornece um conjunto de aplicativos voltados para educação que podem ser usados desde o setor administrativo até a sala de aula.

A Safetec Educação pode ajudar a levar essa inovação para sua escola. Entre em contato com a nossa equipe e saiba como podemos te ajudar a alinhar a tecnologia com seu método de ensino.

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